Felipe Branco Cruz
Os indícios são fortes o suficiente para afirmar que a loja virtual iTunes, da Apple, maior vendedora de músicas do mundo, finalmente venderá músicas no Brasil. A inflexibilidade por parte das gravadoras e da Apple, aliada à difícil legislação brasileira, fez com que até hoje a loja virtual, fundada em 2003, não funcionasse no País. Falta saber quando e como vai ser.
Os indícios vão desde a possível aprovação da PEC da Música, que reduz a zero o imposto para venda de discos e DVDs, até a homologação por parte da Anatel da AppleTV, que reproduz na TV programas comprados no iTunes. Isso só faria sentido se a loja fosse instalada por aqui. Reforçam a tese a tradução maciça ao português de aplicativos da AppStore. Além disso, usuários que acessaram o iTunes ontem encontraram categorias indisponíveis na loja americana, como axé, sertanejo, pagode, frevo, forró, choro. Mas as listas estavam vazias.
Como sempre, lançamentos da Apple são envoltos em segredos. Jornais chegaram a dar como certa a abertura de uma loja física ontem. Agora, a data seria 15 de dezembro. A assessoria da Apple no Brasil diz que não vai se pronunciar ainda. Segundo funcionários da EMI, a Apple está negociando com a gravadora no Brasil. O mesmo acontece com a Warner Music e Sony. A Apple estaria negociando com Roberto Carlos para que seu catálogo esteja disponível para venda. Se vier, o público brasileiro poderá comprar músicas a R$1,99, valor equivalente ao pago lá fora, de US$0,99 por música.
Alguns artistas brasileiros, como Cazuza, Maria Bethânia, Ultraje a Rigor, Rita Lee e Capital Inicial já têm suas músicas disponíveis para venda na loja americana. É esperar para ver.
